A realidade de abusos contra crianças e
adolescentes, como sexual e trabalho infantil, bem como o uso de bebidas
alcoólicas e drogas, é bastante negra no país. As situações de miséria
contribuem muito com esse quadro, a que chamamos de injustiça social.
Vivendo em cabanas que estão em ruínas, sem eletricidade e muitas vezes
até sem água, muitas crianças brasileiras sonham com o dia em que estarão longe
da fome, drogas e violência.
Não se trata de escolha, mas a infância de muitos se perde nas ruas,
onde passam a maior parte dos seus dias. Muitos, ao retornar à casa, têm que
encarar o triste cenário de fome, brigas e, por vezes, consumo de drogas e álcool.
A maioria não frequenta a escola regularmente, já que precisa trabalhar
ou cuidar dos irmãos mais novos. Sem contar na mais cruel realidade que vivem
algumas crianças e adolescentes, sendo obrigadas a vender seus corpos em troca
de poucos reais e, assim, garantir mais uma refeição em casa.
Conforme o ranking divulgado pela Revista Crescer, no início do ano, o
Brasil é o 11º em abuso e exploração sexual infantil. O relatório mundial foi
publicado pela revista britânica, The Economist.
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Pixabay/aamiraimer |
Cenário das crianças e adolescentes no Brasil que
vivem em pobreza e extrema pobreza
De acordo com o publicado no site MPPR, uma estimativa feita considerando o ano de 2018 é de que, no Brasil, cerca
de 63,5 milhões de pessoas estão vivendo em situação de pobreza. Desse total,
26,8 milhões vivem em extrema pobreza. Ou seja, sua renda compreende até ¼ do
salário mínimo, per capta.
Nesse cenário, 9,4 milhões são crianças e adolescentes de 0 a 14 anos,
em extrema pobreza, enquanto 10,6 milhões vivem em situação de pobreza no país,
ou seja, recebem mais de ¼ até ½ salário mínimo, renda per capita mensal.
Os dados foram divulgados pela Fundação Abrinq e obtidos na edição 2019
do Cenário da Infância e da Adolescência no Brasil. Para o presidente da Fundação
Abrinq, Carlos Tilkian, as crianças e os adolescentes precisam ser prioridade,
foco das políticas, de forma a se reduzir a pobreza e desigualdades sociais. Essa
é a maneira de se buscar a promoção para uma sociedade pacífica e mais justa,
concluiu.
Os indicadores
do retrato da criança e do adolescente no país apontam que: 70% das crianças (0
a 3 anos) não conseguem vaga em creches; 11,7 mil crianças e adolescentes foram
vítimas de homicídios em 2017; 47,8% das crianças (0 a 14 anos) vivem em extrema
pobreza; 2,5 milhões de crianças e adolescentes trabalham (até 17 anos) e 16,4%
das adolescentes têm filhos antes dos 19 anos.
Crianças de baixa renda têm sonhos simples
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Pixabay/Soledadsnp |
Publicado no
SóNotícia Boa, um projeto idealizado pela empresária Mônia Andrade e o
Palhaço Psiu, realizou o sonho de muitas crianças. Elas vivem na comunidade Sol
Nascente, no Distrito Federal, e têm sonhos simples, como o de comer um Mc
Lanche Feliz, que sempre veem na TV.
Juntos, a
dupla que realiza várias ações sociais na capital do Brasil, realizaram o sonho
das crianças, ao perceberem que custava pouco para fazê-las felizes. Para isso,
criaram um projeto e buscaram por parcerias.
Com a ajuda
de uma empresa de ônibus e uma rede de fast-food, conseguiram realizar o sonho
de 30 crianças da Sol Nascente, em maio deste ano.
Conclusão
As Políticas
Públicas, voltadas a infância e adolescência, ainda requer revisão. Porém, é
fato que a criação de leis, artigos e estatutos têm contribuído com o cenário
brasileiro.
O Brasil tem
muito a fazer pelas nossas crianças e adolescentes, já que nem sempre eles
recebem a atenção e tratamento que merecem. É importante destacar a importância
da educação como base para se alcançar melhorias.
É por meio
de uma educação saudável que a sociedade irá se desenvolver, de modo a mudar,
significativamente a realidade dos pequenos que vivem em ambiente de risco. A educação
é o caminho para o processo de desenvolvimento social, por ser capaz de preparar
da infância à idade adulta.
Uma criança
tem o direito de ser preparada para a vida social, de forma a seguir regras de
conduta e costumes sociais. A criança tem o direito de sonhar e de ter possibilidades
de tornar esse sonho em realidade.
Todas as
crianças têm o direito a educação e saúde, a viver de modo digno, de brincar,
amar e ser amada, de sorrir. É dever de todos proporcionar uma infância feliz e
estruturada a cada criança.
Por: Andreia Silveira, casada e mãe de duas lindas meninas. Redatora e editora (também dona de casa). Adora compartilhar dicas e experiências com outras mamães e papais.
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