Ao ignorar
os avisos, você não coloca apenas a sua saúde em risco, mas de todos ao redor
e, inclusive, dos próprios animais.
Quem já visitou
o zoológico, parques e outros locais em que vivem animais, viu placas com
avisos: “Não alimente os animais”. Porém, algumas pessoas não se atentam sobre a
importância em respeitar este aviso.
Esse tipo de
placa não está lá para enfeite, já que existe um bom motivo para que essa regra exista.
Por que devo respeitar o aviso de não alimentar os animais?
Bom, vou
explicar de uma forma bem rápida, pois sou apenas uma visitante desses locais,
assim como você. A diferença é que eu senti na pele (e ainda vou sentir muito),
por conta de algumas pessoas que não respeitaram o aviso. (veja mais abaixo
sobre a minha experiência)
Antes de querer ser bonzinho e oferecer alimentos aos animais silvestres, esteja ciente que muitos podem adoecer por conta da sua atitude.
Os saguis,
por exemplo, podem morrer por conta do herpes que é transmitida pelos humanos. No
início do ano, o G1
publicou uma matéria sobre a campanha criada no Jardim Botânico de Bauru para
evitar que os saguis fossem alimentados por humanos.
Essa iniciativa
ocorreu após alguns animais morrerem por conta do vírus. Além disso, oferecer
alimento a um sagui, faz com que muitos outros venham se alimentar. E o contato com o animal traz perigo à saúde humana.
Portanto, desrespeitar
os avisos pode trazer consequências negativas aos animais e aos seres humanos. Vale
informar que os saguis podem transmitir raiva, salmonela e hepatite.
Estes são transmitidos
não apenas por meio de mordidas, como também por arranhões.
Não alimente os animais: a minha experiência
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Imagem: Maércio Garcia |
No último
dia 03 fui com meu esposo e filhas, bem como também outras três famílias, ao
Jardim Botânico de Bauru. Estava uma tarde linda e todos resolveram fazer a
trilha que tem por lá. Eu fiquei para cuidar dos nossos pertences (mochilas, violão
e alimentos para o nosso piquenique).
O lugar é
lindo, ambiente familiar e atrai pessoas de todas as idades, sendo perfeito para
uma tarde tranquila e um delicioso piquenique. Por lá existem placas,
inclusive, com avisos para não alimentar os animais. *Lembrando que o local iniciou
uma campanha para que a população não alimente os saguis.
Porém,
haviam dois saguis próximos e um grupo de mulheres e crianças. Esse grupo começou
a alimentar os animais, atraindo assim, muitos outros.
Resultado de não respeitar o aviso: “Não alimente os animais”
Os animais, que estavam bastante agitados, foram para cima dos nossos
pertences e tão logo, um deles pulou em minha perna, fazendo um pequeno arranhão.
Por ser “pequeno”,
lavei apenas com água (que levei) e não me preocupei. Além disso, não poderia
sair de onde estava para lavar com água e sabão e passar álcool, já que eu fiquei responsável pelos pertences.
A “emoção”
durou cerca de 15 minutos e assim que os alimentos acabaram, os saguis foram
embora. Não demorou para que todos, que estavam comigo, retornassem da
caminhada.
Saboreamos as
delícias que levamos, mas dividimos apenas entre humanos. Antes de sairmos,
minha filha viu uma placa com o aviso de que, em caso de mordida e/ou arranhões,
era preciso passar por atendimento médico.
Mas, como o “arranhão”
em minha perna era bem pequeno, não achei que fosse o caso. Porém, fiquei com
aquele aviso na cabeça e no dia seguinte, segunda-feira, entrei em contato com
a enfermeira da família e meu médico. Ambos me pediram para ir até ao Núcleo de
Saúde para tomar a vacina antirrábica humana.
Liguei no mais
próximo e este me orientou a ir até ao UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Ao chegar
lá, as enfermeiras entraram em contato com a Vigilância.
Esta informou
sobre a importância das vacinas de tétano e antirrábica, bem como aplicação de
um soro específico. Fui vacinada com ambas as vacinas e terei que retornar ao
UPA para aplicar o soro, este é fornecido pela Vigilância.
Também terei
que ir até ao Núcleo de Saúde para tomar mais três doses da vacina antirrábica humana. Sem contar no antibiótico e anti-inflamatório que terei que fazer uso por sete dias (antibiótico).
E ressalto que o meu ferimento foi superficial e muito pequeno, ao contrário da dor de cabeça de perder uma tarde inteira de serviço, além de outras horas que ainda vou perder.
E ressalto que o meu ferimento foi superficial e muito pequeno, ao contrário da dor de cabeça de perder uma tarde inteira de serviço, além de outras horas que ainda vou perder.
Então lembre-se:
regras existem para serem respeitadas!
E você, já teve
alguma experiência assim? Comente!
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